Respirar profundamente estimula o
funcionamento dos órgãos e vísceras (principalmente o coração, estômago, rins e
intestino), que recebem uma massagem através dos movimentos respiratórios.
O controle do alento (da respiração), denominado pranayama, é uma parte essencial,
indispensável para o sucesso no Yoga, sendo uma parte prática e básica,
servindo de alicerce para o aprendizado de outras técnicas.
Prana é a energia que está presente em tudo o que é vivo. É a
respiração da alma e rege as emoções como entusiasmo, coragem, alegria. “Prana
é o substrato energético que forma nosso corpo tangível, regulador de todas as
funções orgânicas e físicas. O volume de prana que circula no corpo determina o
grau de vitalidade de cada indivíduo. Luz e calor do sol, alimentos, água e,
principalmente, o ar são fontes de prana.” (Pedro Kupfer, Dicionário de Yoga).
Segundo o dr. David Frawley, mente e prana funcionam como as asas que permitem o voo: a mente é o poder da percepção e o prana, o poder da ação.
Segundo o dr. David Frawley, mente e prana funcionam como as asas que permitem o voo: a mente é o poder da percepção e o prana, o poder da ação.
No Yoga, que não tem a respiração como
um fim em si, mas como uma ferramenta inerente à sua prática, valoriza-se a
pausa e o prolongamento da expiração.
Para
aprender exercícios específicos, a orientação de um especialista é sempre
indispensável: existem diversos métodos que modulam a ventilação dos pulmões
por meio de estímulos diferentes.
O
exercício abaixo une pranayama e
mentalização resultando em uma excelente técnica de vitalização.
CARREGAMENTO
ENERGÉTICO DO PLEXO SOLAR
A
área entre o umbigo e o encontro das costelas (ponta do esterno) é onde se
encontra o plexo solar, no corpo físico, e o chackra manipura, no corpo sutil.
Tanto um como o outro são condensadores de energia, de onde, por influxo
nervoso ou através dos naddis, a energia, quer nervosa, quer sutil, se espalha
por outras partes do corpo. O carregamento dessa bateria tão importante de
merecer cuidados, especialmente daqueles que se sentem fracos, abatidos,
indispostos, quebrantados, neurastênicos, tamásicos, psicastênicos e
deprimidos.
O efeito concomitante dessa
técnica de vitalização é uma sedação nervosa considerável, que aliás o torna
recomendável aos que sofrem de insônia.
Uma contradição parece aqui
configurar-se, principalmente para quem considera o problema pela superfície.
Como pode ser sedativo (neuroléptico) um remédio que ao mesmo tempo é
estimulante, isto é, neuroanaléptico?
Nos casos de grave
depauperamento nervoso, o paciente em vez de dorminhoco não consegue pegar no
sono. O dormir bem não é privilégio dos neurastênicos como poderia parecer. Ao
contrário, os que têm bons nervos, vitalizados, têm melhor sono, mais fácil e
recuperador.
O exercício que descreverei
aprendi-o no livro de Hohn Munford, discípulo de Yogendra (Psychosomatic Yoga;
Thorsons Publishers Ltd., Londres).
Postura: Deitado sobre as
costas; cabeça para o norte; pernas cruzadas, como em sukhássana; as mãos, com
os dedos trançados de maneira que as unhas fiquem em contato com a palma da
outra mão, ficam abandonadas sobre o plexo solar. Relaxamento geral: desde o
rosto, às mãos e os pés. Respiração entregue a sim mesma, sem qualquer
interferência da vontade.
Execução: Inicie com uma
voluntária, lenta e uniforme inspiração, buscando visualizar uma corrente
prânica, quente e luminosa, penetrando pelo alto da cabeça, que, fluindo
através do tórax, vai deter-se na linha formada pelas virilhas. Visualize, aí o
prana represado, donde é impedido de escapar-se porque seus pés estão cruzados,
e é portanto estancado.
Expirando suave, longa e
uniformemente, “traga para cima o prana acumulado e arrodeie o plexo solar com
uma série de círculos com movimento destrogiro (no sentido dos ponteiros do
relógio) como se você tivesse um mostrador de relógio do tamanho de um prato,
cujo centro fosse o umbigo. Faça o maior número possível de círculos enquanto
expira, procurando sentir uma vibração de calor manifestar-se no plexo...”
A dose mínima aconselhada é
de 15 minutos.
Hermógenes, Yoga para
Nervosos, p. 402
Referências
bibliográficas disponíveis em:
<http://yoganataraja.locaweb.com.br/Livros/PranayamaTeoria/PranaTeoria.html> DE ROSE, André. Respire Criatura!
Pránáyáma. 1 ed. p.33 acesso em 14/05/13
<http://yogahermogenes.blogspot.com.br/search/label/Carregamento%20Energ%C3%A9tico%20do%20Plexo%20Solar>
acesso em 14/05/13
<http://saude.abril.com.br/edicoes/0324/medicina/conteudo_563152.shtml?pag=2>
acesso em 18/05/13
<http://yogajournal.terra.com.br/show_yoga.php?id=1286>
acesso em 18/05/13
SILVA, Gerson D’Addio da.
Curso Básico de Yoga: teórico prático. 1 ed. São Paulo: Grecco e Mello, 2007.
p.254