StudioShantYoga

StudioShantYoga

quarta-feira, 29 de setembro de 2010



Yoga

O termo yoga deriva do radical sânscrito yuj que significa: juntar, unir ou integrar.

Há = lua, tha = sol, yoga = união.
A Hatha–Yoga quer unir nos homens a lua e o sol, isto é, harmonizar a vida material (simbolizada pela lua) com a vida da alma ou espírito (simbolizada pelo sol).

O que é yoga?
Yoga é esta condição de diminuição dos turbilhões da mente e que é também um sistema. Não se deve confundir yoga com hinduísmo, vegetarianismo, ou faquirismo, nem com ginástica ou com um sistema terapêutico.
Yoga é consciência de si mesmo.

Porquê praticar yoga.
Precisamos buscar uma trégua para a mente, desidentificando-a dos problemas e permitindo que nossas auto-realizações possam ser atingidas de dentro para fora. Se, por exemplo, modificamos nossa forma de lidar com uma situação considerada estressante, sofremos menos estresse, mas muitas vezes nós ficamos lutando para mudar o mundo externo, como se fosse possível ter um mundo livre de estresse ao nosso redor.
Por vezes não temos outra opção senão permanecer no trânsito, mas a opção de como permanecer no trânsito é nossa. O controle de nossas repostas emocionais, de nossas funções orgânicas depende de um aprendizado que pode ser proporcionado por este sistema e que muito ajuda os que o aprendem.

Origem do yoga.
Há muita controvérsia à respeito da origem do yoga. Em termos acadêmicos, diz-se que o primeiro texto que dele trata seria o “yoga sutra” ou “Aforismos de Patânjali”, o autor, descreve o que ele via na época, sobre a prática do yoga. Mas apesar de esse ter sido caracterizado como o primeiro documento escrito do yoga, o próprio autor afirma que estava apenas codificando-o; ele nada havia inventado. Sua importância está justamente nessa sistematização e nesse esclarecimento sobre o que se praticava do yoga naquela época.
A prática sugerida por Patânjali está descrita numa metodologia de 8 etapas que ficou conhecida como Astanga yoga, ou o yoga de oito (asta) partes (anga). Estas partes são as seguintes:
1-     Yama: normas de conduta, é o que poderíamos chamar de o aspecto ético deste sistema, no qual se recomendam cinco princípios, que são abster-se de violência, de mentiras, da escravidão aos objetos do desejo, da apropriação indevida do que não nos pertence e da cobiça. Estes conceitos são muito amplos. A não violência, por exemplo, deve ser não só na ação, mas também no discurso e no pensamento, portanto, os Yamas dependem de uma convicção inabalável e não apenas de uma obediência a quaisquer autoridades.
2-     Niyama: atitudes, caracterizadas pela conduta que cada um deve procurar em relação a si próprio, aprimorando construtivamente sua própria vida pessoal. Inclui também cinco princípios, que são a pureza, o contentamento, a austeridade, o auto-estudo e a auto-entrega. Ao contrário dos Yamas, os Niyamas são mais afirmativos
3-      do que proibitivos, mais voltados para o sujeito do que para sua relação com os demais.
4-     Âsana: são as conhecidas posturas de yoga, concebidas a princípio para fins meditativos. Patânjali não descreve tipos de posturas diferentes, mas tão somente conceitua o que é um âsana, lembrando que tais posturas devem ser estáveis e confortáveis, contemplando o relaxamento do esforço.
5-     Prânâyâma: Patânjali mais uma vez não define técnicas respiratórias distintas, mas conceitua Prânâyâma como a cessação da inspiração e expiração. As várias técnicas concebidas para estabilizar a respiração e aproximá-la de um tal estado de pausa respiratória confortável passaram a se chamar prânâyâmas.
6-     Pratyâhâra: definido como um estágio da prática em que ocorre a abstração dos sentidos, como se estes se retirassem dos objetos.
7-     Dhâranâ: é a concentração em sua real acepção, como estágio em que se dirige toda a atenção a um único foco selecionado após a abstração dos sentidos.
8-     Dhyâna: é a meditação propriamente dita, quando há uma identificação com o que se escolheu como foco de concentração.
9-     Samadhi: é o estágio último da prática e o próprio objetivo de toda esta metodologia, quando se atinge a equanimidade da consciência e com isto a transcendência de sua condição ordinária, permitindo sua absorção do que se escolheu observar. Alguns autores o traduzem com transconsciência, por tratar-se de uma percepção centrada da essência e não nas aparências daquilo que se decidiu observar, indo além da consciência que normalmente temos do mundo em nossas relações cotidianas ou ordinárias.

Benefícios doYoga.
São simplesmente conseqüências das práticas regulares executadas no yoga, importante se faz notar que não se trata de terapia e sim do resultado natural de exercitarmos uma filosofia saudável, se aprendemos a respirar melhor, relaxar melhor, desenvolvermos nossa musculatura e flexibilidade com exercícios físicos suaves, por conseqüência melhoramos nossa saúde e reduzimos estados enfermiços.

Bibliografia: Curso básico de Yoga – Gerson D’Addio da Silva
                   Ioga para Cristãos – Padre Jean-Maire Déchanet
                   Práticas do Yoga – Horivaldo Gomes